Nasci em 1954. Apaixonado pela expansão da consciência e pela construção de realidades mais criativas e harmônicas, nestes 70 anos de vida eu transitei por diversas áreas de conhecimento: artes-plásticas, design, arquitetura, urbanismo, filosofia, medicina, psicologia, poesia e música. Talvez mais como filósofo de cada uma destas áreas.
Ainda na década de 1960, os caminhos da arte emergiram em minha vida. Aos 10 anos de idade, já havia começado a desenvolver habilidades com desenho e pintura, o que aguçou minha sensibilidade estética e meu comportamento introspectivo. Os anos 1970 trouxeram não apenas a música e o teatro, mas também os primeiros estudos sobre yoga, hipnose e experiências de expansão da consciência como práticas de investigação psíquica, que antecipam muitos dos temas que mais tarde se aprofundariam nas abordagens terapêuticas. Essa fase inicial marca um contato intuitivo, existencial e rebelde com o corpo, a imaginação e o inconsciente, trazendo ao meu cotidiano experiências existenciais com uma enorme carga de ansiedade decorrentes de obrigações e responsabilidades com um casamento e nascimento de filhos, a partir de 1976.
O meu ingresso na Faculdade de Arquitetura marcou o início de minha trajetória como projetista, que se estendeu até o início da década de 90. O trabalho com arte e desenho levou-me a investigar sobre a sinestesia (combinação de diferentes sentidos) entre a cor, o som e os aromas. Tais investigações levaram-me a perceber que existem sistemas de organização convergentes, na categorização destes estímulos sensoriais. O passo seguinte foi perceber que estes modelos estruturais de categorização podiam ser aplicados não só aos estímulos sensoriais, mas também a uma vasta gama de objetos de conhecimento.
Nos primeiros anos da década de 80, morando em São Paulo, o interesse pelas artes e um relativo sucesso com a arquitetura não me afastaram da busca pela integralidade do ser. Ainda imerso em certo sofrimento existencial, tive contato os ensinamentos de Rajneesh (Osho), através da leitura de seus livros e dinâmicas de meditação ativa, o que muito iluminou meu pensamento. A prática cotidiana de Tai Chi Chuan ajudava-me a manter o equilíbrio e comecei a me interessar pela Psicologia em si. Sentia-me fascinado com a leitura de obras de Carl Rogers, Rollo May, Abraham Maslow, Friederich Perls e Erich Fromm que influenciaram bastante o meu percurso. A ênfase na experiência subjetiva, na autenticidade, na escuta empática, nas potencialidades do ser humano, a incorporação de práticas corporais e a crítica à fragmentação científica que atravessaria toda a Holossíntese são claramente heranças desta Psicologia Humanista.
A união entre arte, corpo e consciência se intensificou e estreitei meu contato com linhas terapêuticas corporais. Destacam-se na segunda metade dos anos 1980, a formação em Somaterapia com Roberto Freire, as práticas corporais baseadas em Wilhem Reich, Alexander Lowen, Moshe Feldenkrais e Ida Rolf. Essa fase foi marcada por uma intensa imersão no universo da psicologia existencial e corporal, com forte ênfase em práticas vivenciais e experimentações somáticas, buscando alívio e compreensão do processo de dissolução do meu casamento e afastamento dos meus filhos.
Devido a restrições financeiras, abandonei o curso de Arquitetura na FEBASP e passei a cursar Musicoterapia na Faculdade Marcelo Tupinambá, onde várias disciplinas de psicologia me introduziram ao pensamento de Freud, Adler e Melaine Klein. Mas o meu pensamento ia além da escuta clássica psicanalítica. Foram as obras de Jung e Reich que exerceram maior influência em meu pensamento, especialmente a de Jung pelos arquétipos e pela busca da totalidade. O contato com o trabalho da Dra. Nise da Silveira com mandalas me inspirou profundamente. Mergulhei em estudos sobre Tarô, Astrologia e Alquimia, chegando a participar de alguns círculos esotéricos, o que aproximou bem mais das psicologias analítica e transpessoal do que da freudiana ortodoxa.
A investigação sobre estruturas cognitivas e de categorização me fascinava e a esta altura descobri que elas possuíam configurações geométricas que representam arquétipos visuais e funcionam como filtros dimensionais aplicáveis a diversas áreas de estudo. Foi a partir dessa visão e exercícios associativos entre diferentes campos de saber que comecei a esboçar uma metodologia, biscando dissolver divisões, unir ciência, arte e espiritualidade e revelar o poder criador que habita em cada um de nós.
Nos anos 1990, já de volta a Salvador, fiz e vendi uma série de mandalas, o que me permitiu pagar um curso de Psicologia Transpessoal onde tive a oportunidade de estudar sobre Stanislav Grof, Roberto Assagioli, Humberto Maturana e outros. A partir daí, aplicando o conceito já sedimentado das estruturas cognitivas, integrei diversas abordagens psicológicas na arteterapia e criei uma metodologia própria: a Holossíntese — um conjunto de recursos transdisciplinares que articula práticas simbólicas, corporais e cognitivas, visando ao desenvolvimento do poder criativo. Em 1993 passei a conviver em um novo relacionamento amoroso, Ofereci cursos, vivências e acompanhamentos com ferramentas como exercícios bioenergéticos, meditações e visualizações. Usava o tarô como roteiro de desenvolvimento e astrologia como recurso de autoconhecimento, aliando arte, psicologia e espiritualidade no cuidado com a energia psicofísica e a manifestação criativa. Sem dúvida, uma das maiores afinidades da Holossíntese é com a Psicologia Transpessoal, chamada de quarta força da psicologia.
Já no século XXI, morando na Ilha de Itaparica, aprofundei e ampliei minha percepção integrativa com estudos sobre feng-shui, interação com plantas, animais e meio ambiente. O contato com a natureza, as práticas xamânicas e o ayahuasca, ampliaram minha compreensão dos símbolos, formas e cores e reforçavam minha abordagem da consciência como um fenômeno multidimensional. Mas após 15 anos fazendo mapas astrológicos e jogando Tarô, senti que algo precisava mudar. Comecei a me interessar mais fortemente em Foucault, Filosofia da Linguagem e outros estudos mais filosóficos. Em 2006 meu relacionamento amoroso terminou e retornei para Salvador.
Em 2007 passei a trabalhar na administração pública, coordenando projetos complexos e me especializando em gestão pública, saneamento, urbanismo, inovação e transformação digital— sem jamais abandonar a escuta do corpo e do invisível. Em 2008 iniciei uma nova convivência amorosa, que dura até hoje. São desta época, as minhas formações em Coaching de Liderança e Mentoring, e um curso introdutório à Terapia Cognitivo Processual. Estimulado pelos estudos de Coaching, PNL e processos de mudanças comportamentais, cheguei a investigar um pouco sobre condicionamento e aprendizagem, mas não me sinto confortável com a rigidez mecanicista do behaviorismo. Embora respeite tais estudos minha trajetória rejeita a redução do comportamento humano como uma simples resposta a estímulos. A primeira força da psicologia é, para mim um pano de fundo, útil como contraste.
Em 2021, já aposentado, minha dedicação retornou integralmente à Holossíntese. Realizei formações em Saúde Integrativa Sistêmica, Medicina Tradicional Chinesa, Psicologia Positiva, Barras de Access e Terapia Neurossomática. Mergulhei em estudos sobre psicogenealogia, teoria polivagal, esquizoanálise, logoterapia e os mapas integrativos de Ken Wilber. Essa etapa representa uma revisão de décadas de experiências com diversas epistemologias do cuidado, e consolida, agora em 2025, a Holossíntese, agora amadurecida e com novo arsenal de ferramentas e conceitos, como uma contribuição singular, inovadora e radicalmente humana, que propõe uma cartografia viva da consciência,
Meu primeiro contato com o coach e mentor Marcos Wunderlich foi no início da década de 90. Eu estava trabalhando com a HOLOSSÍNTESE, quando encontrei na internet um anúncio do Marcos divulgando processos de Holologia e Holoprática. Achei algo muito sicrônico e nunca me esqueci da coincidência.
Por 15 anos (1991-2006) trabalhei com a HOLOSSÍNTESE, orientando práticas holísticas de desenvolvimento criativo, aplicando recursos de arte, desenho, bioenergia, visualizações criativas e simbólicas, astrologia, tarô, feng-shui etc. Em 2007 comecei a trabalhar na Prefeitura Municipal de Salvador e passei por um processo de coaching de liderança com a coach Joana D'Arc. Me encantei e decidi que iria fazer uma formação em Coaching. Comecei a investigar as posiibilidades e eis que quase 20 anos após me deparei mais uma vez com o Marcos, à frente do Instituto Holos, anunciando uma turma de Formação em Life, Self & Professioanal Coaching & Mentoring. Arrumei a mala e fui para São Paulo. Concluí a Formação em Master Coach com Marcos em 2011.
Após esta formação, ainda continuei trabalhando na prefeitura por mais de uma década. Neste período, fiz outros cursos e estudei bastante sobre consultorias, mentoring, coaching com PNL, coaching baseado em projetos, matacoaching e coaching integrativo sistêmico. Em 2021, não mais na prefeitura, resolvi reformatar e retomar os trabalhos com a HOLOSSÍNTESE, incorporando novos processos para o desenvolvimento criativo, inclusive as metodologias de Holomentoring e Sistema Isor do Instituto Holos.
Neste novo formato, desenvolvemos habilidades meta-cognitivas e aplicamos técnicas avançadas para formalização de planos, metas e ações com ferramentas adequadas ao efetivo monitoramento das realizações.
Utilizamos de forma integrada as metodologias de Mentoring e Coaching. Enquanto Coaching, estimulamos uma maior objetividade na definição dos objetivos e na avaliação das competências. Propomos que o cliente investigue suas crenças e bloqueios, visando a mudanças comportamentais que favoreçam a definição de suas metas e estratégias para alcançá-las. Enquanto Mentoring compartilhamos experiências, exploramos necessidades mais profundas da liderança.e orientamos o aprendizado de conhecimentos e habilidades.